PERFIL DE LIBERAÇÃO DE INTERFERON-TAU EM EMBRIÕES BOVINOS PRODUZIDOS IN VITRO A FRESCO E CRIOPRESERVADO – REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
Atualmente o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking entre os maiores produtores de carne bovina do mundo, devido ao alto desenvolvimento da pecuária de corte em todo território nacional. Apesar desse avanço, melhorias nos aspectos gerenciais e nos índices zootécnicos e econômicos se fazem necessárias para garantir a manutenção da sua competitividade e consequente permanência como empreendimento economicamente atraente. O desenvolvimento de tecnologias que melhorem a eficiência reprodutiva de fêmeas bovinas é essencial pois podem fomentar uma melhora nos indicadores produtivos e aumentar a oferta de nutrientes. As perdas embrionárias são de grande preocupação nesse contexto se fazendo necessário o conhecimento de todo esse sistema para a melhoria da eficiência reprodutiva dessas matrizes. O interferon tau (IFN-τ) é uma glicoproteína secretada pelo embrião e anexos embrionários no ambiente uterino, responsável pelo reconhecimento materno das fêmeas bovinas nos primeiros 15 a 19 dias da gestação, sendo que até este período as perdas embrionárias são consideradas altas. Acredita-se que novos estudos envolvendo o IFN- τ serão de grande contribuição para a reprodução e consequentemente à produção animal. Para tanto, foi realizada uma revisão de literatura para compreender a relação entre o perfil de liberação de interferon-tau em embriões bovinos produzidos in vitro a fresco e criopreservado, buscando assim compreender os motivos e as possíveis soluções diante da comparação sugerida. O método de pesquisa aplicado foi a revisão bibliográfica, estando entre os materiais utilizados artigos científicos, periódicos e livros. Observamos que há inúmeros obstáculos enfrentados na técnica de criopreservação a fim de que ela garanta a liberação de interferon-tau pelo embrião, entre os problemas encontrados pela literatura estão: lesões ou alterações bioquímicas em decorrência da formação de cristais de gelo dentro e fora das células, efeitos osmóticos dos crioprotetores, qualidade inferior dos embriões por conta de modificações na sua ultraestrutura. Por fim, há diversos outros fatores como alterações nas microvilosidades, alta porcentagem de lipídios nas células, menor justaposição das células do mesoderma e do trofoblasto e diferenças na composição da zona pelúcida que resultam nessa deficiência. Outrossim, é importante estar atento ao estresse oxidativo no embrião que pode interferir na liberação do interferon-tau. A temática é relevante para comunidade científica como também para o desenvolvimento pecuário e carece de mais pesquisas a fim de se ajustar tais questões.
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