PANORAMA DA LEPTOSPIROSE HUMANA NAS REGIÕES BRASILEIRA DURANTE O PERÍODO DE 2013 A 2017: CASOS CONFIRMADOS, ÓBITOS E COEFICIENTE DE LETALIDADE.
Resumo
A leptospirose é considerada uma zoonose de importância social, ambiental e econômica, que apresenta elevada incidência em determinadas áreas com alto custo hospitalar. Além, dos roedores sinantrópicos os animais domésticos como cães, bovinos e suínos podem transmitir pela urina a leptospirose para o homem. Com a presente pesquisa objetivou-se estudar a ocorrência da leptospirose humana nas regiões do Brasil com o intuito de divulgar os casos clínicos confirmados, números de óbitos e o coeficiente de letalidade durante os anos de 2013 a 2017. Para tal, utilizou-se o Portal da Saúde do Ministério da Saúde para levantar os referidos dados. No período estudado, os resultados mostram que as regiões mais acometidas em relação aos casos confirmados foram a região Sul (5.913 casos), seguidos pelas regiões Sudeste (5.383 casos), Norte (4.891 casos), Nordeste (2.219 casos) e Centro-oeste (326 casos). Em relação aos óbitos, a região Sudeste apresenta o maior número (645 óbitos), sendo o estado de São Paulo responsável por 62,3% dos óbitos. A região Sul foi a segunda região em número de óbitos (344 óbitos), seguidos pelas regiões Nordeste (301 óbitos), Norte (149 óbitos) e Centro-oeste (42 óbitos). O coeficiente de letalidade para o período estudado foi de 11,5%. Os maiores coeficientes de letalidade ocorrem em 2014, na região Centro-oeste com 26,4%, seguido pela Nordeste com 22,2% e Sudeste com 12,9%. A região Norte no período estudado registrou os menores porcentuais de letalidade por leptospirose. A falta de acesso ao diagnóstico preciso pode colaborar para elevar o risco de óbito além de dificultar a investigação epidemiológica, impactando diretamente no cálculo da real incidência da leptospirose nos seres humanos.