O PROCEDIMENTO JUDICIAL DO SUPERENDIVIDAMENTO: TUTELA DE PROTEÇÃO E MÍNIMO EXISTENCIAL À LUZ DO DIREITO DA PERSONALIDADE

Oscar Ivan Prux, Valéria Julião Silva Medina

Resumo


Durante os últimos anos, as constantes crises surgidas na economia brasileira geraram um maior agravamento nas condições vigentes no cenário econômico-financeiro de nossa sociedade de consumo, deixando inúmeras pessoas em situação de extremo endividamento. E o superendividamento, como fenômeno sistêmico, naturalmente afeta de forma gravosa, não apenas as figuras do credor e do devedor em suas individualidades, mas considerando-se esse milhões de consumidores excluídos do mercado de crédito, o prejuízo avança inclusive para a esfera dos demais agentes econômicos (em especial: fornecedores) e a sociedade em geral. Na ordem jurídica brasileira, enquanto as pessoas jurídicas, sem se sujeitar à falência, já contavam com alternativas de recuperação, as pessoas naturais, antes sem possibilidade de amparo, passaram a tê-lo na Lei nº 14.871/2021, que instituiu a possibilidade de renegociação de dívidas preservando a garantia de manutenção do mínimo existencial e, consequentemente, fundamentais direitos da personalidade. Assim, através de uma pesquisa bibliográfica e exploratória da novel legislação brasileira específica para essa finalidade, bem como, por meio da utilização de método hipotético-dedutivo, são apresentadas análises a respeito do procedimento legislativo, seja judicial ou extrajudicial, em especial, dando ênfase aos deveres processuais de proteção, em razão de se tratar de pessoa vulnerável.


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ISSN eletrônico: 2359-6880      ISSN impresso: 1677-809X

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