ETNODESENVOLVIMENTO COMO UMA POLÍTICA CONTRA-HEGEMÔNICA: O DIREITO DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS DE SEREM DIFERENTES QUANDO A IGUALDADE AS DESCARACTERIZA

Autores

  • Suzy Elizabeth Cavalcante Koury Centro Universitário do Pará - CESUPA
  • Melissa Mika Kimura Paz

Resumo

A globalização provocou a padronização dos modos de viver, mas também gerou movimentos de resistência, que podem ser consideradas como políticas contra-hegemônicas. As comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados, de modo que se defende que os princípios do etnodesenvolvimento devem ser seguidos por qualquer plano de desenvolvimento que as atinja. Por isso, o trabalho pretende responder se o etnodesenvolvimento é uma política eficaz contra a globalização hegemônica, capaz de garantir a preservação da cultura das comunidades tradicionais, por meio de uma pesquisa bibliográfica.

Biografia do Autor

  • Suzy Elizabeth Cavalcante Koury, Centro Universitário do Pará - CESUPA

    Doutora emDireito pela UFMG. Professora dos Cursos de Graduação e de Pós-Graduação do Centro Universitário do Estado do Pará – CESUPA. Desembargadora do TRT da 8ª Região.

    Profesora de Direito Econômico, Desenvolvimento e Políticas Públicas. Direito do Trabalho

  • Melissa Mika Kimura Paz
    Advogada. Pós-graduada em Direito Material e Processual do Trabalho pelo Centro Universitário do Estado do Pará. Mestre em Direito, Desenvolvimento e Políticas Públicas pelo CESUPA.

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Publicado

2021-05-02

Edição

Seção

Artigos Nacionais