O FENÔMENO MIGRATÓRIO NA ERA DO “IMPÉRIO” E OS IMPACTOS DA SURVEILLANCE NA MOBILIDADE HUMANA
Resumo
O presente artigo pretende analisar a relação entre surveillance, controle biopolítico e o fenômeno migratório na atualidade, buscando desvelar as relações de poder que permeiam essas três temáticas na contemporaneidade. A partir disso, se busca entender como se dá o controle biopolítico através da surveillance e quais os seus impactos no fenômeno migratório, inseridos na lógica do “Império”, que se organiza e movimenta sob a ordem de um estado de guerra global que cria necessariamente uma demanda por vigilância e controle, tendo como principais alvos os migrantes. Para responder a esse questionamento utiliza-se como referencial metodológico, teórico-analítico o materialismo histórico no viés de Antonio Negri, em que o método considera o antagonismo entre uma subjetividade criativa e uma subjetividade constituída pelo capital. É neste sentido que se estabelecem as novas categorias de análise que permitem dar conta de novos sujeitos sociais (a multidão/o comum) e recompreender o fenômeno migratório a partir dessas categorias em antagonismo às subjetividades “imperiais”.
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